Não fosse o descaso
vulgar, asinino,
não fosse o desleixo
dos outros ou nosso,
não fosse o descuido
brutal ou supino
que diz que não pode,
mas que fala grosso,
não fosse a incúria,
não fosse o desprezo,
não fossem as teias,
não fossem as tramas,
não fosse o menoscabo,
o letal menosprezo,
a memória ferida:
não fossem as chamas.
© Domingos da Mota
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