15.12.24

Poema de aniversário

Malgrado a dor fisgada numa perna
que pode ser ciática ou pior,
uma dor que não dorme, não hiberna
nem denota melhoras, apesar

das correntes, massagens, ultra-sons
e doutras abordagens fisiátricas
que exacerbam em vez de mitigar
as previsões sombrias, sorumbáticas;

malgrado o mundo em volta, sem sentido,
sujeito à profusão de ecocídios,
de guerras e disputas aguerridas,
e a braços com terríveis genocídios;

malgrado a lucidez feita num oito,
bem-vindos sejam os teus setenta e oito


© Domingos da Mota

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