22.12.11

VEDORES

Sente:

como se a sombra fosse o próprio espaço
ou os musgos não quisessem dizer nada

Prepara um salto
sem gravidade
leve
desmedido para poderes fingir que nem quiseste

Abandona toda a confiança
no limite da luz
como se não houvesse mais que músculos e
intensidades

Fixa os sulcos sem tempo,
uma outra vida
na água que as pedras sempre ocultam!

Janeiro 2008

Dália Dias

MAIS A NORTE / PRUMOS, Edição Fava, Dezembro, 2011

3 comentários:

  1. Obrigada, amigo de palavras... Partilhamos, entendemos, sabemos do que falamos e é quanto baste!


    Aprecio muito este blog, trabalho sério em torno da poesia.

    Dália

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  2. Dália Dias,

    Agradeço-lhe a visita, o comentário, e a permissão para divulgar neste blogue um dos poemas do seu último livro.

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  3. Obrigada, digo eu. Divulgue, o que entenda.

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