rangem os dentes das estrelas
ao morder
o pão do frio.
Nas noites de janeiro
navega a lua
como um ataúde
rumo ao seu gélido inferno azul.
Os bosques negros
estremecem.
Congelam as cortinas
da aurora boreal.
Nas noites de janeiro
resplandece
o punhal do frio
na mão da morte.
Palasin kottin, 1944
Arvo Turtiainen
O MUNDO ADORMECIDO ESPERA IMPACIENTE antologia de poesia finlandesa, versões de Amadeu Baptista, edição contracapa, Vila Meã, Julho de 2022
Sem comentários:
Enviar um comentário