Uma semana depois,
chego a casa, conto
os gatos, o número
confere. Não mais
dispéptico, nem com
bílis menos escura,
retomo o ritmo de arrotear
a vida; alguém com maior
convicção poderia castigar
aquilo por que espero --
a mesma dança, a mesma
música, na esperança
inglória de ignorar a morte.
José Alberto Oliveira
Telhados de Vidro, N.º 21 . Averno, Lisboa, Agosto. 2016
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