Raiz sempre presente, e do futuro
mistério aventurado mal ou bem
e sopro imaculado p'la manhã,
da árvore pendido um doce fruto
que derramado embora a ela puro
volta de novo, e que é voz e silêncio
dum canto renovado permanente
que para ser existirá sem música,
zumbido duma brisa acolhedora,
corrente d'água límpida a fluir
até ser a miragem do meu sonho,
princípio da beleza mavioso,
luz radiante em raios onde põe
a certeza de nunca ela o cobrir.
António Salvado
Ecos do Trajecto seguido de Passo a Passo, Edição Ricardo Neves Produção Lda., - A.23 Edições, 2014
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