Chovia sobre a sombra
das ruas pobres
penteadas para o turismo
Era uma chuva silenciosa
rala
pobre ela também de luz
E o amigo
que já não via as palmeiras
navegantes do seu sonhar
deslizava para a morte
numa poeira dourada de sons
cansados da própria beleza
Sentimos o primeiro sopro
do luto que chegava
a branco e negro
2007
Urbano Tavares Rodrigues
Horas de Vidro [Poemas do Novo Século], Publicações Dom Quixote, Lda., Lisboa, Fevereiro de 2011
R.I.P.
ResponderEliminarUma perda.
EliminarDeixa-nos a sua obra, e o seu exemplo de luta e verticalidade.