Para João Cabral de Melo Neto
Lapidar o poema.
Lançá-lo limpo à língua,
Sem o peso do vácuo.
Palavra por palavra,
Sem prematura pressa.
Palavra por palavra,
Sem proezas supérfluas.
Palavra por palavra,
Sem pretensões precárias.
Para depois de pronto,
Aos deuses, devolvê-lo,
Sem o peso do véu.
Adriano Nunes
(Publicado com a autorização do poeta. Mais poemas do autor, entre outros sítios, em Que Faço Como Que Não Faço).
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