1.
É a mesma navalha.
Aquela que levanta no mar exterminado
Uma ilha
E risca no centro da mão a métrica derrotada
De uma colmeia.
E não é o mel que exulta nas linhas inúteis
Dos dedos:
É o brilho náufrago
Das migalhas do estio
Que nelas coagula
A gotas de sombra mais insubmissa.
Luís Filipe Pereira
No lugar da pouca farinha, edição Temas Originais, Lda., Coimbra, 2016
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