6.3.17

Senhora da pós-verdade

Senhora da pós-verdade,
dizei-me, porque mentis
com a naturalidade
dum Pinóquio sem nariz
que se veja de verdade,
mas que cresce, oh se cresce,
porquanto a fatuidade
do seu umbigo parece
ser o exemplo perfeito
de como a venalidade
desdobrada num conceito
de aparente inocuidade,
não se esgota no filão
dos erros de percepção.


© Domingos da Mota


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