entre a rosa deleite e a buganvília
que em mim tinge-se o peito de vermelho
Sei que fazia sempre o meu nó cego
Na vaga cintilante dorme um monstro
marinho que se esconde nos desertos
Apenas se apercebem as doninhas
do rodar deste tempo noites frias
A cal viva lacrado um sobrescrito
existe algures no reino da Moirama
oscila o templo o pêndulo vazio
Cai nos espaços mortos do sigilo
José Afonso
Textos e canções, 3.ª edição revista, Organização Elfriede Engelmayer (1.ª edição, Organização J. H. Santos Barros), Relógio D'Água Editores, Outubro de 2000
José Afonso - um grande poeta, negligenciado pelas antologias dos especialistas da especialidade, passe a especificação.
ResponderEliminarBelo poema!
ResponderEliminarJosé Félix