Um lago de luz negra sorveu-te os olhos
Com eles te arrastando e todo o peso do mundo
Cai na mesa onde estás deitado.
Só um vago sorriso ficou de fora
E é só de dentro que nos falas.
O tempo, enfim, deixou-te em paz,
Selou-te o coração com a última rubrica
Mas vem limpar em nós a sua faca.
Manuel Resende
Poesia reunida, Posfácio de Osvaldo M. Silvestre, Edições Cotovia, Lda., Abril, 2018
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