que jamais saia da tômbola,
devidamente ordenado e cantado,
o três oito e setenta e cinco
que o meu avô e antes o pai dele compravam
numa tabacaria ao Largo de São Paulo
e jamais lhes saiu. E à cautela
tapo os olhos com a cautela. E peço
que saia outro número, a outro
o número certo, nem à terminação aspiro.
E que me perdoe os pecados.
Agora e na hora da minha sorte.
José Ricardo Nunes
TRÊS OITO E SETENTA E CINCO (2007-2013), Companhia das Ilhas, Lajes do Pico, 2015
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