Um poema que desaparecesse
à medida que fosse nascendo,
e que dele nada então restasse
senão o silêncio de estar não sendo.
Que nele apenas ecoasse
o som do vazio mais pleno.
E, depois que tudo matasse,
morresse do próprio veneno.
Antonio Carlos Secchin
Desdizer, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Abril de 2018
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