14.3.23

O BARULHO DE DEUS

I


Ergo na cabeça a catedral da noite:
as pedras do pensar, os arcos do sentir,
as escassas frestas do meu ser vitral.
Quando a luz chega o ruído começa. Pode ser a guerra,
ou a matéria a clamar por clemência.
Mas é sempre um duelo
pela sobrevivência.


Armando Silva Carvalho

Ana Marques Gastão, António Rego Chaves, Armando Silva Carvalho TRÊS VEZES DEUS, Assírio & Alvim, Dezembro 2001

1 comentário: