Tropeçou num pleonasmo imprevisto,
estatelou-se, partiu um braço.
Por azar, o braço direito.
O que quer dizer
que terá de passar a acariciar-me
com a mão esquerda.
O que não sei se será bem
a mesma coisa.
A. M. Pires Cabral
Na Morte de Erato, Edições Tinta-da-china, Lda., Lisboa, Outubro de 2024
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