labirinto das luras: andar vivo
numa lura de veios de aço e luz
que num silvo macio te conduz
o corpo respirando colectivo
no ar, ora abafado, ora lascivo,
dos empurrões desencontrados, dos
magotes, pisadelas e recuos
quando as portas abertas fazem crivo.
das estações do ano só o espectro
por debaixo da terra desengata
um eco em estações que têm perfumes
de suor e azulejos: turbas, metro,
em que tu vais como sardinha em lata
mas depois te libertas em cardumes.
Vasco Graça Moura
uma carta no inverno, Quetzal Editores, Lisboa, Março de 1997
3.1.25
soneto das hora de ponta
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