Era Dezembro. O natal esperado
(não havia então ecografia),
poderia ser de um rapaz
ou de uma rapariga
(por meninos e meninas eram
tratadas as crianças que nasciam
em berços de ouro).
E nasceu um rapaz. Gritou,
chorou, foi parido numa casa
humílima, que não era um presépio,
mas ouvia-se o cantar dos galos,
o ladrar dos cães, o mugir
das vacas nos currais.
Era Dezembro, mês propício
a partos difíceis,
naturais.
© Domingos da Mota
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