Quando Koslowski, após um dos seus inúmeros acidentes de
carro, está outra vez preso à chapa, acontece que a primeira
pessoa a chegar ao local é um bem conhecido poeta lírico
frustrado, o qual, em vez de lhe administrar os primeiros
socorros, insiste em ler-lhe, rapidamente, alguns dos seus mais
recentes poemas, garantindo que não tomaria muito tempo do
seu tempo. "O resultado disso", comentou Koslowski mais tarde,
"é que não só o meu fémur, três costelas e a minha clavícula se
quebraram, como também se quebrou a minha relação com a
poesia".Michael Augustin
UM TAL DE KOSLOWSKI, Tradução de João Claudio Arendt e João Luís Barreto Guimarães, edição do lado esquerdo, Coimbra / Fundão, Abril de 2018
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