Não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.
Eu não posso senão ser
desta terra em que nasci.
Embora ao mundo pertença
e sempre a verdade vença,
qual será ser livre aqui,
não hei-de morrer sem saber.
Trocaram tudo em maldade.
É quase um crime viver.
Mas, embora escondam tudo
e me queiram cego e mudo,
não hei-de morrer sem saber
qual a cor da liberdade.
Jorge de Sena
ÀS VEZES SÃO PRECISAS RIMAS DESTAS MANCHMAL BRAUCHT MAN SOLCHE REIME/POESIA POLÍTICA PORTUGUESA E DE EXPRESSÃO ALEMÃ POLITISCHE POESIE IN PORTUGAL UND IM DEUTSCHSPRACHIGEN RAUM (1914-2014) [Obras de Jorge de Sena, Poesia II, Edições 70, Lisboa 1988], Org. Goethe-Institut Portugal, Selecção de Poemas Joachim Sartorius, Fernando J. B. Martinho, João Barrento, Helena Topa, Tinta-da-China edições, Agosto de 2017
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