Na carruagem-restaurante tive
a mesma sorte do outro poeta:
serviram-me a viagem
como dobrada fria.
Mas não pude protestar:
foram rasgando folha a folha o livro
de reclamações,
para embrulhar as sandes.
E comi frio.
Ah, que comboio é este,
que comboio, que combate
tão perdido.
A. M. Pires Cabral
QUE COMBOIO É ESTE, Edição Teatro de Vila Real, Dezembro de 2005
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