28.1.23

IN MEMORIAM CELAN

Coração flagelado que a acolhe [à Rosa de Ninguém].
Sanguínea, calcinada, coibida.
Opaca, sustida pelo carniceiro, desorbitada pelo Crime,
cerceada.
Redenção extasiada <dos que reprimem>.
(Língua libélula a ver-se esquiva.)
Besta [nazi] que a sofreia.
Vestuário gutural, sufocado.
Cume de infâmia que sustém
O seu fim coarctado.

José Emílio-Nelson

NERVO/17 colectivo de poesia (janeiro-abril 2023), Editora: Maria F. Roldão

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