Nada é abençoado. Permanecemos
sobre a terra sem ter para onde ir,
mesmo quando julgamos ser o excêntrico
centro cego do mundo. Encurralados,
olhando em volta, ficam desertos os olhos,
e nada nos pertence. Este é o tempo
medido com o sangue e o seu pulsar finito.
Nuno Dempster
ELEGIAS DE CRONOS, Edições Artefacto, Lisboa, Junho de 2012
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