O tempo perfura portas cerradas
biombos, tabiques e lapsos
um rangido de ferrugem velha
a mercadoria imaginária que tenhamos
insectos erram de planta em planta
um feto desdobra as grandes folhas
estranhamente espaçosas
nesta estação
A lua sobe no céu
lavado de fresco pelas últimas trovoadas
José Tolentino Mendonça
ESTAÇÃO CENTRAL, Assírio & Alvim, Lisboa, Setembro de 2012
Sem comentários:
Enviar um comentário