Descobriremos o nosso movimento
quase uma folha,
ou quase uma pupila
que se inclinasse e só nos desse o tempo
de uma sombra passar e entrar no olvido.
Mas, sobretudo, veremos
pensar-se um ar antigo
que vem ao movimento
quando mover-se nem sequer é escrito.
Fernando Echevarría
POESIA, 1956-1979 - SOBRE AS HORAS [1963], Edições Afrontamento, Porto, 1989
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