Alguém que se ignora
passeia a sua mágoa
lá pela noite fora.
Já sem saber se existe,
entre silêncio e treva,
nem alegre nem triste,
alguém que a própria sorte
enjeita vai absorto
num sonho que é a morte
e é vida -- sendo morto.
Luís Amaro
DIÁRIO ÍNTIMO
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DÁDIVA E OUTROS POEMAS, &etc, Lisboa, 2006
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