Não me orgulho de nada:
O mundo foi severo.
A conta, após contada:
Zero.
Anda à volta de mim
Quem não sabe quem sou.
Eu fui-me sempre assim.
Ou...?
Vejo os outros que passam
Pobres de ser alguém.
Inúteis, ameaçam
Quem?
Um nome vale um ano,
Ou apenas um mês.
Há-de descer o pano
Sem me chegar a vez.
(2004)
António Manuel Couto Viana
RESTOS DE QUASE NADA E OUTRAS POESIAS, Averno, Lisboa, Janeiro 2006
Um poema de desespero. Mas muito bom!
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