A primavera mostra-se deserta.
A valeta, de um escuro aveludado,
rasteja ao meu lado
sem reflexos.
A única coisa que brilha
é o amarelo de flores.
Sou levado na minha sombra
como um violino
no seu estojo negro.
O que quero dizer
tremeluz fora do meu alcance
como prata
em montra de casa de penhores.
Tomas Tranströmer
50 Poemas, Tradução do sueco e nota introdutória de Alexandre Pastor, Relógio D'Água Editores, Lisboa, Julho de 2012
Sem comentários:
Enviar um comentário