NOME DE RUA
Escolhes o ângulo, recto
no momento previsto.
És os passos que vejo
do chafariz das terras,
a rua cruzando a rua.
Sol e pedras
neste destino, a tarde
arrefecendo entre esperanças
e outro banco
deserto a esta hora.
Mais linhas
neste ferro, chicote
de palavras, alimento
do terreno da terra
distante, paixão.
Escolhes uma certeza
vaga, por isso abres
a fonte dos insectos
e limpas dos limos
a cisterna, a vida.
Helder Moura Pereira
CARTA DE RUMOS, &etc, Lisboa, Junho de 1989
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